Os preços futuros do milho perderam força na Bolsa Brasileira (B3) e passaram a operar em campo misto nesta quinta-feira (04). As principais cotações registravam movimentações entre 0,66% negativo e 0,64% positivo por volta das 11h56 (horário de Brasília).
O vencimento março/21 era cotado à R$ 86,15 com queda de 0,66%, o maio/21 valia R$ 84,50 com perda de 0,37%, o julho/21 era negociado por R$ 78,50 com alta de 0,64% e o setembro/21 tinha valor de R$ 76,10 com baixa de 0,07%.
Os contratos do cereal brasileiro voltam a liquidar lucros obtidos com as últimas altas mesmo que o mercado internacional e as flutuações cambiais estivessem em alta durante a maior parte da manhã.
Mercado Internacional
A Bolsa de Chicago (CBOT) também mudou de rumo e passou a operar em campo misto para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 1,50 pontos negativos e 1,00 ponto positivo por volta das 11h50 (horário de Brasília).
O vencimento março/21 era cotado à US$ 5,53 com alta de 1,00 ponto, o maio/21 valia US$ 5,48 com queda de 0,25 pontos, o julho/21 era negociado por US$ 5,33 com desvalorização de 1,50 pontos e o setembro/21 tinha valor de US$ 4,75 com baixa de 1,50 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, a expectativa por altos dados de exportação semanais suportaram um aumento nos preços futuros do milho esta manhã, mas as cotações passaram a cair após a divulgação dos índices do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Foram reportadas 7,436,500 toneladas de milho exportadas pelos Estados Unidos na campanha 2020/21, uma grande alta na comparação tanto à última semana quanto à medida das quatro semanas anteriores.
Os principais destinos do milho norte-americano foram China (5.860.400 MT, incluindo diminuições de 100 MT), Japão (502.900 MT, incluindo 4.500 MT trocados de destinos desconhecidos e diminuições de 7.100 MT), México (403.700 MT, incluindo diminuições de 17.600 MT), destinos desconhecidos (402.900 MT) e Coréia do Sul (66.000 MT), foram compensados por reduções para o Equador (1.400 MT), Costa Rica (600 MT) e Malásia (100 MT).
Estes volumes vieram dentro da janela de expectativa do mercado, que era entre 6 e 7,8 milhões de toneladas.
Outro ponto destacado pela Farm Futures é que um adido do USDA no Brasil estima que a safra de milho 2020/21 renderá 4,134 bilhões de bushels (105,003 milhões de toneladas), abaixo das estimativas WASDE de janeiro de 2020. O adido citou o estresse da seca na primeira safra brasileira de milho, bem como o atraso no plantio da segunda safra, ou safrinha, de milho como os principais responsáveis pela redução da produtividade, cita a publicação.