O plantio da soja 2020/21 chegou na quinta-feira (26) a 87% da área estimada para o Brasil, contra 81% uma semana antes e os mesmos 87% de um ano atrás. Com os trabalhos virtualmente encerrados no Centro-Oeste e já nos talhões finais no Sudeste, Paraná e Rondônia, a semeadura agora segue concentrada no Matopiba, que tem ritmo mais forte que o da média histórica devido à boa umidade na região, e no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que continuam atrasados por conta da irregularidade das chuvas.
Chuva no Sul, mas seco em outros estados
A semana passada foi marcada pelo retorno muito bem-vindo das chuvas ao Rio Grande do Sul. No resto do país, porém, a combinação de tempo seco e temperaturas em elevação voltou a predominar, após as boas chuvas da terceira semana de novembro. Isso acendeu novamente o sinal amarelo em algumas áreas com umidade do solo mais ajustada, especialmente em Mato Grosso e no Paraná.
A preocupação com esse período mais seco (algo pouco usual nesta época do ano) só não é maior porque, como o plantio foi feito com atraso, a maior parte das lavouras ainda está em período vegetativo ou no início da fase reprodutiva, quando o impacto do clima desfavorável sobre o potencial produtivo é menor do que na formação de vagens e enchimento de grãos.
Estimativa de produção
Por ora, a AgRural estima a produção de soja do Brasil em 132,2 milhões de toneladas. Essa produção é calculada com base em linhas de tendência de produtividade, que serão substituídas por estimativas estado a estado a partir de dezembro. Embora a safra 2020/21 tenha problemas gerados pela extrema irregularidade das chuvas no plantio e desenvolvimento inicial, cortes na estimativa de produtividade durante a fase vegetativa da safra não são recomendados.